O incêndio do Magazine Parc Royal


Em 9 de julho de 1943, um incêndio de grandes proporções destruiu o Magazine Parc Royal, localizado na esquina do Largo de São Francisco com a atual rua Ramalho Ortigão[1].

O estabelecimento destruído era uma das filiais da cadeia de lojas de artigos de luxo, de propriedade de José Vasco Ramalho Ortigão. Projetado pelo arquiteto Morales de Los Rios, o prédio foi inaugurado em 1911, um período em que a cidade do Rio de Janeiro passava por grandes transformações urbanísticas, que buscavam transformá-la numa Paris tropical. Esse ideal refletia-se no comportamento da população, que procurava também imitar o modelo de consumo de sociedades européias nas lojas de departamentos.[2]

O incêndio gerou grande cobertura jornalística, devido aos bombeiros mortos e feridos no combate ao fogo e por causa da acusação a sócios do estabelecimento de terem causado o incêndio criminosamente. O terreno onde funcionava a loja permanece sem construções, funcionado ali atualmente uma espécie de camelódromo e estacionamento, ao lado da igreja de São Francisco de Paula.

 
A Noite Ilustrada de 13/07/1943, pg. 39.

A Noite Ilustrada de 13/07/1943, pg. 8.

Diário da Noite 10/07/1943, pg. 8

Diário de Notícias, 11/07/1943, p.7.




[1] antiga travessa  São Francisco de Paula.
             [2] O livro Parc Royal: um Magazine na Belle Époque Carioca, de Marissa Gorberg, fala bastante do prédio e, principalmente, dos hábitos de consumo dos cariocas do início do século XX. Existe online a dissertação de mestrado que deu origem à publicação, mas, se puder, compre o livro.

Comentários

  1. Por coincidência comprei esta semana o livro: Parc Royal - um magazine na Belle époque carioca, de Marissa Gorberg. Lindo livro ...

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    1. Bacana Marcos. Deve ser a publicação da dissertação de mestrado dela, que é bem interessante para compreender a moda no Rio de Janeiro do início do século XX. Obrigado pelo comentário!

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