Arquitetura Neomourisca no Rio de Janeiro

agosto 22, 2014

Sempre que passo na Avenida Brasil e vejo o prédio da Fiocruz, ou quando estou passando no Méier e vejo a Igreja do Coração de Maria, dou uma espiadinha e comento com quem está do meu lado sobre a beleza desses prédios. Hoje vou desenterrar o meu blog falando sobre esses prédios e sobre a arquitetura neomourisca.

O estilo Neomourisco, ou neoárabe, ou neoislâmico, etc., esteve em voga no Rio de Janeiro no início do século XX. Foram construídos até a década de 1930 vários prédios que são referência nesse estilo arquitetônico na nossa cidade. Mas começo a história não por um prédio, mas por uma sala:

Salão Mourisco do Palácio do Catete: uma das primeiras referências no Brasil a esse estilo arquitetônico. Esse salão, inspirado no palácio de Alhambra, na Espanha, era voltado para os homens que ali fumavam seus charutos e conversavam sobre seus negócios e outras coisas que vocês podem imaginar...

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Pavilhão Mourisco: originalmente construído para ser um restaurante, funcionou até 1952, quando foi destruído para a construção do túnel do Pasmado. Aquela área está atualmente ocupada por outro prédio: um monstrengo espelhado chamado Centro Empresarial Mourisco, que enfeia toda aquela região.

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Prédio Central da Fundação Oswaldo Cruz: inaugurado parcialmente em 1910, é também chamado por muitos de Pavilhão Mourisco. Ainda hoje é um dos marcos arquitetônicos da cidade.

http://www.agencia.fiocruz.br/o-patrim%C3%B4nio-arquitet%C3%B4nico-de-manguinhos

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Basílica Sagrado Coração de Maria: Localizada no Méier, começou a ser construída em 1909 com o projeto de Adolfo Morales de los Rios. A arquitetura Moçárabe é muito evidente em seu interior. foi também construída com materiais mais em conta, como tijolos e gesso, para baratear os custos.

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http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=266539&page=2

Grande Templo Israelita do Rio de Janeiro: Outra construção que tem influências neomouriscas é o Grande Templo Israelita do Rio de Janeiro, a sinagoga que fica na Av. Henrique Valadares, perto da praça da Cruz Vermelha. Existem várias versões de autoria do projeto, mas o fato é que a arquitetura neomourisca foi muito empregada em sinagogas por fazer referência a uma época de ouro para o judaísmo, a ocupação islâmica da Península Ibérica entre os séculos VIII e XVI.