As reformas do Centro do Rio de Janeiro - parte 2. O Canal do Mangue
Seguimos com o tema das reformas que a cidade do Rio de Janeiro recebeu ao longo dos últimos 120 anos. O tema deste post é a abertura do Canal do Mangue, trecho que se estende da antiga Praça XI até o início da atual Francisco Bicalho, que tem uma história própria antes de se tornar um mero prolongamento da avenida Presidente Vargas.
O próprio nome da via indica sua origem. Desde o século XVIII, a administração da cidade buscou sanear o mangue que ali existia, tanto por questões de saúde pública, quanto por buscar uma via de escoamento para produção das hortaliças do "sertão" da cidade para o centro e, posteriormente, servir de ligação do centro à Quinta da Boa Vista.
O mar se estendia até a região do atual Viaduto dos Marinheiros - que substitui a antiga ponte dos marinheiros. Essa região foi totalmente aterrada e as antigas praias Formosa e dos Lázaros deu lugar à avenida Francisco Bicalho, no início do século XX.
No século XIX, diversas reformas foram empreendidas no local. Porém, a qualidade não era das melhores... o canal estava sempre assoreado. Na década de 1850, obras realizada pelo Barão de Mauá modificaram a região onde se instalou a Fábrica de Gás, que alimentou o primeiro sistema de iluminação pública a gás do Rio de Janeiro. Esse edifício, de propriedade da CEG, está de pé até hoje em estado de pré-abandono, a despeito das diversas iniciativas de ocupação daquele espaço histórico da cidade. Palmeiras imperiais foram plantadas no final do século XIX, hoje substituídas por árvores frondosas desfrutadas atualmente apenas pela população de rua.
Nas grandes reformas urbanas de 1902-1906, a região recebeu atenção, ganhando guarda-copos, paisagismo e um prolongamento do canal até a av. Rodrigues Alves, via av. Francisco Bicalho. Por incrível que pareça, o local era um dos cartões postais da cidade do Rio de Janeiro.
Com a abertura da Presidente Vargas, entre 1941 e 1944, as vias existentes - a rua Visconde de Itaúna e Senador Euzébio, em ambos os lados do canal, foram aproveitadas para a continuação da grande avenida, o que enterrou de vez o uso da rua pela população, que, além de não ter grandes atrativos além de terrenos baldios ou sedes de empresas fechadas em si mesmas, não vê muita graça em circular numa via de alta velocidade com calçadas pequenas.
O próprio nome da via indica sua origem. Desde o século XVIII, a administração da cidade buscou sanear o mangue que ali existia, tanto por questões de saúde pública, quanto por buscar uma via de escoamento para produção das hortaliças do "sertão" da cidade para o centro e, posteriormente, servir de ligação do centro à Quinta da Boa Vista.
O mar se estendia até a região do atual Viaduto dos Marinheiros - que substitui a antiga ponte dos marinheiros. Essa região foi totalmente aterrada e as antigas praias Formosa e dos Lázaros deu lugar à avenida Francisco Bicalho, no início do século XX.
No século XIX, diversas reformas foram empreendidas no local. Porém, a qualidade não era das melhores... o canal estava sempre assoreado. Na década de 1850, obras realizada pelo Barão de Mauá modificaram a região onde se instalou a Fábrica de Gás, que alimentou o primeiro sistema de iluminação pública a gás do Rio de Janeiro. Esse edifício, de propriedade da CEG, está de pé até hoje em estado de pré-abandono, a despeito das diversas iniciativas de ocupação daquele espaço histórico da cidade. Palmeiras imperiais foram plantadas no final do século XIX, hoje substituídas por árvores frondosas desfrutadas atualmente apenas pela população de rua.
Antiga Fábrica de Gás. Na atual av. Presidente Vargas. |
Nas grandes reformas urbanas de 1902-1906, a região recebeu atenção, ganhando guarda-copos, paisagismo e um prolongamento do canal até a av. Rodrigues Alves, via av. Francisco Bicalho. Por incrível que pareça, o local era um dos cartões postais da cidade do Rio de Janeiro.
A avenida era um dos "pontos mais pitorescos da cidade" em 1911. http://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_iconografia/icon1326805/icon1326805.jpg |
Com a abertura da Presidente Vargas, entre 1941 e 1944, as vias existentes - a rua Visconde de Itaúna e Senador Euzébio, em ambos os lados do canal, foram aproveitadas para a continuação da grande avenida, o que enterrou de vez o uso da rua pela população, que, além de não ter grandes atrativos além de terrenos baldios ou sedes de empresas fechadas em si mesmas, não vê muita graça em circular numa via de alta velocidade com calçadas pequenas.
O canal na atualidade com o seu aspecto desértico. http://static.panoramio.com/photos/large/39911339.jpg |
não consegui ver varias fotos e mapas
ResponderExcluirnão consegui ver varias fotos e mapas
ResponderExcluirveja se consegue visualizar, por favor.
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