13 de dezembro de 1968 –
decretado o Ato Institucional nº 5
(publicado na coluna A Res Publica Brasileira do boletim informativo do Museu da Repúblca - dezembro/2011)
Em 1964 um golpe militar
derrubou o presidente João Goulart com o
objetivo de afastar a suposta ameaça de uma revolução comunista no país. Para consolidar o regime,
o governo militar lançou mão da repressão e da criação de toda uma legislação
de exceção — como os Atos Institucionais.
Diversos setores da
sociedade, no entanto, seguiram lutando contra o regime militar, seja através
de protestos, manifestações artísticas, seja através da luta armada. Com o
crescimento das manifestações contra o regime militar, aumentou também a
repressão. Protestos foram reprimidos com violência. Mas foi a recusa do Congresso
Nacional em abrir um processo contra o deputado Márcio Moreira Alves, que pedira
um boicote às paradas militares de 7 de setembro, o estopim para o
endurecimento do regime.
Em 13 de dezembro de 1968
foi decretado o AI-5. O Congresso Nacional foi fechado, suspenderam-se
garantias como o habeas corpus,
parlamentares foram cassados e iniciou-se um período de perseguições e torturas
ferozes contra os “inimigos” do regime.
A edição de 14/12/1968 do Jornal
do Brasil burlou a censura, relatando o desagrado com a nova legislação no
quadro da previsão do tempo: Tempo negro,
temperatura sufocante. O ar está irrespirável. O país está sendo varrido por
fortes ventos. Máx.: 38º em Brasília. Min.: 5º em Laranjeiras.
Capa do Jornal do Brasil de 14/12/1968. No detalhe a previsão do tempo. |
Nossa! Muito legal a forma que burlaram a censura! Quem iria pensar em olhar a previsão do tempo, né!
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